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15 março 2007

Matrioska de Tiago Guedes

O novo espectáculo infantil de Tiago Guedes.
Matrioska tem como público-alvo crianças de 6 a 10 anos. O tema principal é a descoberta - descoberta do ‘Outro’, mas também descoberta de novos significados perante o que nos rodeia. A peça está baseada numa narrativa cuja estrutura é ritmada por sucessivas transformações cenográficas. O dueto, com Inês Jacques e Pietro Romani, dirigido e coreografado por Tiago Guedes, parte da idéia de que existem muitas camadas sobrepostas no que vemos.



É uma espécie de lugar, que devido ao seu dispositivo permite trabalhar dentro, fora, atrás, à frente, escondido, e à vista, fazendo com que diferentes camadas da realidade se descubram umas às outras como num caleidoscópio de imagens e situações.
É este descobrir constante que se quer passar às crianças, este ficar curioso pelas imagens que se apresentam e pelas suas mutações.
Segundo os artistas, “queremos que Matrioska seja um enigma do princípio ao fim, com questões que são levantadas, umas respondidas outras não, e que acima de tudo, no final sejam as próprias crianças a construir a sua própria história”.

Matrioska, depois do êxito no CCB (3-11 Março), será apresentada no Woking Dance Festival, na Inglaterra, nos dias 16 e 17 de março; no Springdance Festival, na Holanda, no dia 22 de abril; e retorna para apresentações na Culturgest e no Teatro Viriato, em Portugal.
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Tiago Guedes, coreógrafo e bailarino português.
Estudante de música ao longo de dez anos, no Conservatório Regional de Tomar, nasceu em Leiria (1978), passou a infância e adolescência em Minde. Licenciado em Dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa, complementa a sua formação com Miguel Stuart, Peter Michael Dietz, Miguel Pereira, Francisco Camacho, Sílvia Real e João Fiadeiro, coreógrafo que fundou a produtora RE.AL, com a qual trabalha.

Como intérprete, trabalhou com David Miguel, Miguel Pereira, André Murraças e colaborou com Sílvia Real e Sérgio Pelágio.

Iniciou-se como coreógrafo em 2000, com Transformer Man e, dois anos mais tarde, apresentou Um Solo, no âmbito dos Encontros imediatos do Festival Danças na Cidade e ainda Um espectáculo com estreia marcada, que inaugurou a programação da Box Nova do CCB - Centro Cultural de Belém.
Com Em caso de acidente (2001), venceu o Concurso Jovens Criadores e no passado, também no CCB, estreou Lago dos Macacos, com a sua assinatura na concepção, direcção artística, desenho de luzes e espaço cénico.
Em 2003, criou o solo Materiais Diversos, apresentado em Coimbra, nesse ano Capital Nacional da Cultura e em Lille, Capital Europeia da Cultura. Com esta peça ganhou novamente o concurso Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias, em 2004.
Em Abril de 2005 apresenta Trio no Le Vivat (Armentières, França), posteriormente apresentada na Culturgest em Lisboa e em vários festivais europeus.
in Wikipedia


Entrevista no Jornal de Leiria :
“Enquanto artista tento ter um discurso crítico porque acho importante não nos resignarmos. Numa postura sem medo de me comprometer, por dizer isto ou aquilo. Há muito o politicamente correcto mas nós, os jovens, devemos ter um discurso crítico”


Da música saltou para a dança. Quer explicar?
Dos seis aos 16 anos, frequentei aulas de piano no Conservatório de Tomar, talvez por influência de dois primos, professores de instrumentos clássicos no Conservatório. Quando chegou o momento de decidir, achei que não valia a pena uma carreira com dedicação de oito horas diárias ao piano. No ensino secundário escolhi Artes, porque o Centro de Estudos de Fátima tinha dança e teatro em termos curriculares. Paralelamente inscrevi-me numa escola de dança em Torres Novas e depois do 12º ano entrei na Escola Superior de Dança. Sempre fui muito independente nas minhas escolhas. Nisso tive sorte.
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